A importância das primeiras experiências.
- Carolina A. Barbosa
- 29 de set. de 2016
- 2 min de leitura

Sabe-se que a criança só se desenvolve se houver um responsável que a acolha em seu desamparo fundamental. Estudos apontam a importância das primeiras experiências dos seres humanos, pois estas modelam a personalidade na vida adulta.
A experiência da primeira infância (por volta dos zero aos seis anos de idade) influencia o desenvolvimento da autoestima e a percepção de nós mesmos em relação ao outro. Neste período, a criança tenta localizar onde ela se encontra no desejo de seus pais.
É de suma importância o modo como as pessoas que assumem a função paterna e/ou materna lidam com as situações cotidianas. Quem assume a função de guardião da criança deve conceder-lhe uma visão positiva de si mesma e de seu mundo. A felicidade futura do indivíduo e sua habilidade em enfrentar as contingências da vida e relacionar-se com os outros, dependerá dessa vivência. A família, ou os responsáveis pelo infante, tem de proporcionar o primeiro amparo, que mesmo insuficiente para abolir todo mal-estar do ser humano, é necessária para a constituição de cada um.
Estes não devem ceder ao desejo de criar os filhos que gostariam de ter, mas sim ajudar, por meio de seu desejo, o filho a desabrochar, em seu próprio ritmo, naquilo que ele quer ser. Isto não significa que os pais não devam preocupar em fazer o que consideram ser melhor para seus filhos, nem que devam deixar tais anseios ao acaso. Os pais devem, por meio do seu próprio comportamento e dos valores nos quais se baseiam, apontar uma direção para seus filhos. Mas, sempre respeitando a singularidade deles.
Tendo essas questões em vista, cada criança recebe, a seu modo, aquilo que é transmitido pela família, escola e sociedade, o que deixará marcas em sua subjetividade.
OBS: O objetivo deste espaço é proporcionar aos leitores reflexões sobre as questões que permeiam o mundo infantil. Não irei ditar regras ou caminhos a serem seguidos. Fugirei de verdades absolutas e fórmulas milagrosas, pois cada caso apresenta uma singularidade e não é possível generalizar.
Este espaço não substitui o acompanhamento psicológico. Durante a psicoterapia, o terapeuta conhece a especificidade do caso e realiza um acompanhamento personalizado para cada um.
Leitores de Belo Horizonte-MG interessados em acompanhamento psicológico, favor entrar em contato via mensagem.
Referência bibliográfica: A criança e o sintoma na contemporaneidade- Viviane Alvim.
Uma vida para seu filho – Bruno Bettelheim.
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