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As crianças podem acreditar que o Papai Noel existe?

  • Carolina A. Barbosa
  • 20 de dez. de 2016
  • 2 min de leitura

Muitos pais levantam essa questão por julgarem que a história do Papai Noel é muito desconectada da realidade e não sabem se os filhos devem viver imersos num mundo tão ficcional.


A construção da fantasia na infância tem estatuto de importância por ser uma saída que as crianças encontram para lidar com as realidades na qual estão expostas. O mundo real e o irreal prendem a atenção da criança porque ela ainda não consegue estabelecer a fronteira entre a realidade e a ficção. Em muitos casos, elas se valem da ficção para dar conta de uma realidade ainda difícil de ser assimilada. Viver em um mundo de inúmeras possibilidades enriquece a criatividade, o raciocínio, e auxilia na superação de várias situações do dia-a-dia.


Ao longo do desenvolvimento infantil, as próprias crianças começam a se dar conta do caráter ficcional da historinha do Papai Noel. Seja porque percebem que existem muitos Papais Noéis durante os passeios na rua; seja porque o presente sempre é entregue por alguém de sua família; ou ainda, porque quem costuma se vestir de Papai Noel durante a ceia não está presente durante sua aparição.


Outra dúvida constante dos pais é sobre a hora que devem intervir e contar aos filhos que ele não existe. Acredito que não haja um momento específico para isso acontecer; cada criança tem seu momento e ela vai dar indícios do que já sabe sobre a inexistência do “bom velhinho”.


Cada família tem seus princípios e encontrará a melhor forma de falar sobre o significado real do Natal. Embora seja uma festa cristã, outras culturas e muitas religiões comemoram esta época. Sendo assim, as famílias podem introduzir o significado do Natal que lhes convém, seja este o nascimento de Cristo, a comemoração de um ano de realizações, a oportunidade de estar em família, etc, sem desconstruir a fantasia da criança de que o Papai Noel existe.


ENTÃO...


As fantasias são importantes neste período do desenvolvimento e não cabe aos pais desmascarar esta construção social, independente de sua crença. Quando a criança começar a questionar sobre a realidade desta construção, os pais devem ouvir o que os filhos interpelam e auxiliá-los na transição. Não é justo mentir quando o filho já traz a certeza que Papai Noel não existe, pois ele poderá se sentir enganado. Nestes casos, os pais podem passar a mensagem de que o Papai Noel é uma figura que existe nos corações das crianças e mesmo sendo apenas uma ideia, é algo muito gostoso de manter como tradição de Natal. Os pais não devem frustrar-se por acreditarem que o filho deveria curtir mais este momento da fantasia, pois isto é indício do amadurecimento de suas capacidades cognitivas que também devem ser valorizados pelos pais. Com certeza outras fantasias florescerão.

 

OBS: O objetivo deste espaço é proporcionar aos leitores reflexões sobre as questões que permeiam o mundo infantil. Não irei ditar regras ou caminhos a serem seguidos. Fugirei de verdades absolutas e fórmulas milagrosas, pois cada caso apresenta uma singularidade e não é possível generalizar.

Este espaço não substitui o acompanhamento psicológico. Durante a psicoterapia, o terapeuta conhece a especificidade do caso e realiza um acompanhamento personalizado para cada um.

Leitores de Belo Horizonte-MG interessados em acompanhamento psicológico, favor entrar em contato via mensagem.

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