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Brincadeira é coisa séria.

  • Carolina A. Barbosa
  • 15 de fev. de 2017
  • 2 min de leitura

 

Fala-se muito sobre a importância do brincar na infância. Alguns utilizam o termo “atividade lúdica” para referir-se ao momento da brincadeira. Esta expressão ressalta que o brincar é uma atividade muito além da pura diversão, pois o próprio substantivo “atividade” sugere, como expõe o dicionário, “um aglomerado de ações conectadas numa determinada ordem para efetuação de certa finalidade”. Traduzindo em outras palavras, a atividade do brincar tem como finalidade a aprendizagem, a elaboração da angústia, das frustrações, dos medos, dentre outros. Mas será que os adultos compreendem que a brincadeira é uma atividade tão importante como as outras?


A palavra brincadeira é inundada de significações pejorativas que não traduzem o momento da criança. Como é uma atividade importante para o desenvolvimento infantil, os responsáveis têm de estar atentos para as demandas de brincar e não responder de forma a demonstrar que aquilo não tem tanta importância quanto às questões dos adultos.


Onde muitas vezes erramos?


As crianças convocam os adultos para participarem de sua brincadeira, porém, em muitos momentos, recebem deles uma resposta negativa por estarem impossibilitados de gastarem sua energia naquele momento, já que estão ocupados com tarefas do trabalho. Assim, denunciam que há coisas mais importantes a fazer do que despender seu tempo com aquilo que parece ser insignificante.


Dessa forma, se o que a criança faz não é considerado importante, ela frequentemente vem a sentir que, como pessoa, também é pouco importante. Tendo essa questão em vista, as atitudes dos pais com relação à brincadeira do filho irão influenciar fortemente seus sentimentos futuros sobre sua própria capacidade de ser importante e fazer coisas significativas.


Os adultos despejam nas crianças muitas expectativas, inclusive durante a brincadeira. A intenção dos pais e de alguns profissionais é precisamente o que estraga muito da brincadeira infantil. Muitos adultos propõem brincar com as crianças com propósitos externos à brincadeira, seja com o objetivo de apenas distrair, educar ou até mesmo diagnosticá-las.


Alguns pais, preocupados com o desenvolvimento intelectual do filho, procuram os brinquedos educativos para presenteá-los. Entretanto, estes se tornam problemáticos quando a ênfase dos pais só é colocada no que o uso dos mesmos supostamente ensina à criança, mais do que no modo como esta pretende usá-los. Não se deve esperar ou até mesmo exigir que o menor faça o uso dos objetos como o pai, o professor ou o fabricante indica como correto. A criança deve poder usar qualquer brinquedo da maneira como lhe convém, caso contrário, o brincar se reduz ao sentido pejorativo e perde sua real significação.


Então...


Se compreendermos de verdade o que a brincadeira significa para as crianças, podemos, ao menos, participar do seu prazer. Podemos sentir prazer em sua capacidade de absorver experiências significativas, e sentir respeito por suas tentativas de encontrar respostas para as questões existenciais que o atormentam.




Outro texto relacionado ao tema:

http://carolinabarbosapsi.wixsite.com/eraumavez/psicologia-infantil

 

OBS: O objetivo deste espaço é proporcionar aos leitores reflexões sobre as questões que permeiam o mundo infantil. Não irei ditar regras ou caminhos a serem seguidos. Fugirei de verdades absolutas e fórmulas milagrosas, pois cada caso apresenta uma singularidade e não é possível generalizar.

Este espaço não substitui o acompanhamento psicológico. Durante a psicoterapia, o terapeuta conhece a especificidade do caso e realiza um acompanhamento personalizado para cada um.

Leitores de Belo Horizonte-MG interessados em acompanhamento psicológico, favor entrar em contato via mensagem.

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