Bem vindos!
- Carolina A. Barbosa
- 29 de set. de 2016
- 2 min de leitura
ERA UMA VEZ...
A convivência com crianças nos provoca alguns questionamentos, sejam relacionados às fases do desenvolvimento infantil ou acerca da história de vida de cada uma. O desenvolvimento físico, o cognitivo e a interação social são importantes para o bem-estar da criança e estão diretamente ligados a questões psicológicas.
No final do século XIX e início do século XX, alguns estudiosos constataram que as crianças deveriam ser entendidas para além da inocência que determinava esta fase. Um novo olhar sobre a infância ocasionou a ruptura de várias crenças que envolviam esse período do desenvolvimento dos seres humanos. As crianças até então eram consideradas puras e inocentes.
A partir de então, a criança passou a ser entendida como um sujeito que tem vontades, que está submetida às leis da linguagem e que demanda amor. Elas têm sonhos, amam, desejam, odeiam, se culpam e constroem crenças.
Partindo deste pressuposto, as crianças também precisam achar sentido para muitas questões e enigmas que geram ansiedade. Elas vivenciam conflitos e contradições diante de questões essenciais do ser humano.
O objetivo da psicoterapia infantil é oferecer condições para que a criança, através da atividade lúdica, expresse e elabore seus conflitos e dificuldades, e assim consiga uma melhor integração tanto no âmbito familiar como além dele.
Através de desenhos, atividades projetivas, jogos, conversas e outros recursos, a criança elabora seus medos, suas angústias, suas ansiedades e vai descobrindo, com ajuda do psicoterapeuta, saídas possíveis para lidar com seu mundo interno e ultrapassar as dificuldades pelas quais está vivenciando.
Era uma vez, título escolhido para este espaço, simboliza a história que a criança constrói durante a psicoterapia, por meio da fantasia e com o auxilio da linguagem, para dizer sobre seu mal- estar.

Referências bibliográficas:
A criança e o sintoma na contemporaneidade. Viviane Alvim Barbosa.
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